No mês das mulheres,
Renan apresenta pesquisa do DataSenado sobre violência e empossa Vanessa
Grazziotin na Procuradoria das Mulheres
A Lei Maria da Penha é conhecida por 99% das brasileiras.
Também a maioria – 66% – se sente mais protegida desde a sanção da Lei. Entre
as mais jovens, esse índice chega aos 71%. Os números são de pesquisa do
DataSenado realizada em fevereiro, quinta da série histórica que começou em
2005 e vem retratando avanços e dificuldades vividas pelas brasileiras no
combate à violência.
“A série histórica das pesquisas do DataSenado é instrumento
de controle social e modelo de acompanhamento na aplicação das leis aqui
aprovadas”, diz o presidente Renan Calheiros. “Os índices de cada pesquisa do
DataSenado retratam como a sociedade reage à lei e também como – e em que
espaço de tempo – as leis podem mudar para melhor atitudes e comportamentos”,
reforça o presidente.
Ex-ministro da Justiça, defensor do desarmamento, empenhado
na luta contra a violência, ao assumir a presidência, Renan criou a
Procuradoria das Mulheres, que será comandada pela senadora Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM).
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). |
“A Procuradoria é mais um instrumento do Senado em favor da causa
das mulheres, particularmente na luta contra a violência”, completa Vanessa,
empossada nesta terça, 26.
A pesquisa do DataSenado revela também que, apesar das
mudanças, há um longo caminho a seguir no combate à violência contra as
mulheres. É possível estimar que 700 mil brasileiras continuam sofrendo
agressões, principalmente de seus companheiros, e que 13 milhões de nossas
mulheres – 19% da população feminina acima de 16 anos – já foram vítimas de
algum tipo de agressão.
Em todo o país, as mulheres de menor nível educacional ainda
são as mais agredidas – 71% dessas relatam aumento de violência em seu
cotidiano. E 31% das vitimas ainda convivem com o agressor. A violência física
predomina, mas cresce o reconhecimento das agressões moral e psicológica.
A pesquisa do DataSenado expõem também contradições
resultantes do processo natural de aplicação da Lei Maria da Penha. A exemplo,
apesar do majoritário reconhecimento de proteção advindo da Lei, 63% das
entrevistadas avaliam que a violência contra as mulheres tem aumentado. Também
a maioria considera que o fato de as queixas de agressão só poderem ser
retiradas diante do juiz prejudica a Lei Maria da Penha.
O medo, registra o DataSenado, ainda é o maior inibidor das
denúncias de agressões. A dependência financeira vem em segundo lugar,
curiosamente registrada entre mulheres de melhor condição financeira.
Em um ranking de 84 países, o Brasil é o sétimo no triste
registro do assassinato de mulheres. Na América do Sul, só perde para a
Colômbia e, na Europa, para a Rússia. Os números brasileiros desses
assassinatos ainda são maiores do que os de todos os países árabes e todos os
africanos. (Indicativos do Mapa da Violência 2012, publicação do sociólogo
Júlio Jacobo).
Acesse o link: http://www.senado.gov.br/noticias/datasenado/pdf/datasenado/DataSenado-Pesquisa-Violencia_Domestica_contra_a_Mulher_2013.pdf
Fonte e fotos: Agência Senado
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