terça-feira, 20 de agosto de 2013

MARANHENSES SOFREM COM FALTA DE MÉDICOS E HOSPITAIS SEM ESTRUTURA

Rosário (MA)  
Com uma população de aproximadamente 40 mil habitantes, o município de Rosário, a 70 quilômetros da capital São Luís, é mais uma das cidades brasileiras que sofrem com a falta de profissionais de saúde, principalmente médicos, e de estrutura para garantir a oferta de serviços nos moldes do que prevê o Sistema Único de Saúde (SUS). 

O estado do Maranhão, segundo dados do Ministério da Saúde, apresenta a mais baixa proporção de médicos por mil habitantes no país, correspondendo a um terço da média nacional. Enquanto a média nacional é 1,8 médico a cada mil habitantes, no Maranhão a proporção é 0,58.

No único hospital do município, a Unidade Mista de Saúde, a maioria das salas está desativada. Menos de 10% da estrutura física são usados. 
Com corredores vazios, portas de madeira corroídas, paredes descascadas e piso quebrado, o cenário é de abandono. 

Em um dos quartos, onde uma mulher de 79 anos estava em observação após uma crise de hipertensão, parede e teto apresentavam sinais de mofo. Com ventilação apenas por meio das janelas, a filha, que pediu para não ser identificada, tentava amenizar o calor abanando a lavradora com um papel. 

O incômodo era agravado pela ação de uma funcionária do hospital que higienizava o quarto jogando desinfetante no chão, mesmo com a presença das duas.

"Ela passou mal e eu corri para cá com ela, mas a situação é muito ruim. Deram a medicação e agora estamos esperando, com esse calor todo. Mas não tem o que fazer, tem que esperar", disse a jovem.

De acordo com funcionários do hospital, os equipamentos da unidade também estão sucateados. O auxiliar de enfermagem Francisco de Assis, que ocupava o cargo de coordenador administrativo até o mês passado, disse, por exemplo, que a autoclave, que serve para esterilizar roupas e materiais, tem pelo menos 30 anos de uso, está obsoleta e pode comprometer a total eliminação de micro-organismos.

O hospital, que atende casos de urgência e emergência, também não tem desfibrilador - equipamento usado em casos de parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco - e, segundo o médico plantonista Lúcio Fábio Guimarães, o aparelho de raio X está quebrado há três anos. Além disso, o centro cirúrgico e a sala de parto estão desativados por falta de condições de funcionamento.

"A infraestrutura aqui é precária, isso é notório. Uma vez comentei com um enfermeiro que a população reclamaria da falta do raio X e ele me respondeu que, infelizmente, as pessoas já estão acostumadas a não ter [equipamentos funcionando]", disse o médico.

Com dores no pé há três semanas e sem conseguir fazer o raio X na rede pública, a pescadora Maria de Jesus Souza Carvalho, de 50 anos, foi a uma clínica particular no município para saber o preço do exame. Segundo ela, para pagar os R$ 50 cobrados no local será preciso pedir a ajuda de parentes e amigos.

Depois de ser atendida no hospital de Rosário, ela foi ao município vizinho de Bacabeira para tentar uma consulta com o ortopedista e fazer o exame. No local, foi informada de que teria que voltar alguns dias depois para marcar a consulta com o especialista que só atende no município uma vez por semana.

"Eu fui ao médico e ele me mandou consultar com um ortopedista. Fui em outra cidade, porque me disseram que lá tinha ortopedista e ele fazia o exame na hora, mas o médico não estava lá. Então voltei e consegui marcar com o ortopedista aqui em Rosário, mas só para daqui a duas semanas. Como estou com muitas dores no pé, vou tentar fazer aqui na particular", contou ela, que teve que parar de trabalhar desde que o pé começou a inchar.

"Não dá para trabalhar porque quase não posso andar, não posso colocar o pé no chão", lamentou a pescadora.

A secretária de Saúde de Rosário, Mauricea Rodrigues Lopes, reconhece que o setor é o "maior gargalo" da administração municipal. Segundo ela, os recursos que o município dispõe são insuficientes para reformar a unidade que já foi federal, tendo sido repassada à prefeitura há cerca de 20 anos.

"Nós fazemos apenas reformas pontuais, mas seria necessário investir aproximadamente R$ 1 mihão [para recuperar o hospital] e o município não tem verba para isso. Esse hospital é um elefante branco", desabafou a secretária de Saúde de Rosário.

Mauricea Lopes explicou que há muitos casos que chegam à unidade e precisam ser encaminhados ao hospital estadual no município vizinho de Morros, a 30 quilômetros de Rosário, que "nem sempre tem leitos disponíveis", ou a unidades da capital São Luís, a 60 quilômetros. Em relação ao raio X, ela informou que a prefeitura já comprou um novo aparelho que deve chegar nas próximas semanas.

Ainda segundo Mauricea Rodrigues Lopes, o Ministério da Saúde repassou ao município em julho R$ 400 mil para construir unidades básicas de Saúde (UBS) e reduzir os gastos da prefeitura com o aluguel de cinco imóveis onde funcionam algumas das atuais unidades. Segundo ela, as 15 equipes do Programa Saúde da Família, existentes em Rosário, atuam em cinco imóveis próprios e dez alugados.
Ela acrescentou que a pasta também repassou R$ 1 milhão para a construção de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) com o objetivo de atender usuários de álcool e drogas. A unidade terá 20 leitos para internação e funcionará 24 horas, destacou. O ministério também repassará R$ 78 mil mensais para manter o centro.
Irlahi Linhares Moraes, prefeita de Rosário MA

Com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado médio, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, Rosário aparece atrás de 3.447 no ranking, que leva em consideração critérios como longevidade, renda e educação. O IDHM foi divulgado na semana passada no Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).


Por: Thais Leitão
Agência Brasil




ISENÇÃO DA TAXA PARA 2ª VIA DE DOCUMENTOS ROUBADOS É APROVADA PELA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO MARANHÃO


Originalmente apresentado por um deputado do Sergipe, projeto de lei pode passar agora a beneficiar também os maranhenses.

O projeto de lei que assegura a isenção da taxa para emissão da 2ª via de documentos roubados foi aprovado, nesta segunda-feira (19), por unanimidade, na Assembléia Legislativa do Maranhão.

Por meio do PL nº 012/2013, os maranhenses que forem vítimas de furtos ou roubos não pagarão mais as taxas referentes à emissão de documentos como: Carteira de Identidade (C.I.), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

Para garantir o direito, o documento furtado ou roubado deve ter sido obrigatoriamente, expedido por órgão público estadual e a vítima deverá apresentar Boletim de Ocorrência Policial no ato do requerimento do novo documento.
deputado estadual Francisco Gualberto (PT) de Sergipe

Originalmente elaborado pelo deputado estadual sergipano Francisco Gualberto (PT), e já aprovado recentemente pelo governador em exercício de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), o projeto, de autoria do deputado Roberto Costa (PMDB) no Maranhão, segue agora para a sanção da governadora sub judice, Roseana Sarney.
deputado Roberto Costa (PMDB) do Maranhão

Se sancionada, a lei terá uma importância social significativa para a população maranhense. Toda vez que o cidadão é roubado ou furtado, o castigo é duplo ou triplo. Além do constrangimento e da angústia pelo acontecimento, existem os custos para retirada de segunda via, e o tempo perdido para retirar novos documentos.


Diferente do original, outro detalhe que não ficou claro na meia cópia do projeto de lei pelo deputado maranhense é como se dará nos casos de falsa comunicação dos crimes de furto ou roubo.
Informações: atual7.com

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

PASSEATA CONTRA AS QUEIMADAS: O FOGO PEGA, A VIDA ACABA!




A Campanha QUEIMADAS: O FOGO PEGA, A VIDA ACABA!, promovida pelo Ministério Público do Maranhão com apoio da prefeitura de Grajaú, classe estudantil e empresários, em sua 2ª edição conseguiu mobilizar milhares de cidadãos grajauenses que vestiram a camisa da referida campanha e saíram gritando  Pelo fim das queimadas e Pela preservação da vida.

O percurso foi acompanhado pela  Policia Rodoviária Federal, Policia Militar, Guarda Municipal, Agentes de Trânsito.   Quem mais uma vez abrilhantou esta grande mobilização popular foram  os estudantes, acompanhados de diretores, coordenadores, professores. Durante toda a caminhada percebia-se a alegria estampada no rosto das pessoas que ali estavam vibrando e gritando pelo o FIM DAS QUEIMADAS.


O idealizador desta campanha Dr. Carlos Róstão, espera que após essa grande caminhada a campanha se intensifique ainda mais, pois, as pessoas estão entendendo a importância do combate as queimadas disse Róstão, aproveitou ainda para agradecer a parceria e o apoio da Prefeitura Municipal de Grajaú,  Eletronorte, Ibama Prev Fogo, do Juiz Titular da 1ª Vara , Holídice Cantanhede Barros, do Promotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Grajaú , Rodrigo de Vasconcelos Ferro, da Procuradora Geral do Ministério Público Regina Lúcia de Almeida Rocha, a IMPRENSA (Sites, Blogs, Jornais Impressos, Rádios e TV), e às pessoas que dispuseram-se  para está à frente da campanha  (Comissão Organizadora).

É bom lembrar que Grajaú não aparece mais nas primeiras colocações como município com alto índice de focos de incêndios tanto no ranking nacional ou estadual, essa noticia foi recebida com muita alegria pelas pessoas que participaram da caminhada que agora continuarão conscientizando outras pessoas da grande importância de preservarmos o meio em que vivemos.

 Informações: diariodograjaú
Fotos: Junior Orquisa e Adriana Santana